Por que motivo é irracional a nova exuberância dos mercados financeiros
Há inúmeros elementos que sugerem que a saúde da economia mundial não está em fase de florescimento. Para começar, os recentes dados da China, Alemanha e Japão mostram que a desaceleração económica continua, se bem que de forma menos acentuada.
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Nos passados meses de maio e agosto, a escalada nos conflitos comercial e tecnológico entre os Estados Unidos e a China agitou os mercados bolsistas e atirou os juros das dívidas soberanas para mínimos históricos. Mas depois a situação mudou. Desde então, os mercados financeiros voltaram a ficar eufóricos. As ações norte-americanas e de outros países estão atualmente em território (ou perto) de máximos históricos, havendo também quem fale de um potencial sobreaquecimento. O frenesim que se instalou nos mercados financeiros assenta na possibilidade de uma "negociação de reflação"*, dada a expectativa de que o recente abrandamento mundial dê lugar em 2020 a uma aceleração do crescimento e a uma maior firmeza da inflação (o que favorece os lucros e também os ativos de risco [como as ações]).
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