Greves a olhar para o umbigo
O sector dos transportes é particularmente propenso à realização de greves porque está investido de um poder que outros não têm, que advém do facto de prestar um serviço público indispensável e difícil de substituir. O que os sindicatos ainda não perceberam, ou fingem não perceber, é que a paciência dos portugueses se está a esgotar.
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Useiro e vezeiro na prática, o sector conseguiu durante largos anos garantir e manter benefícios de que a maioria da população não gozava. Com a crise e os sacrifícios impostos pela troika, a tolerância foi-se. Arrisco dizer que são poucos os que, não pertencendo ao sector, se solidarizam verdadeiramente com a causa. O que significa que as paralisações já não fazem, na imagem do governo, a mossa de outros tempos.
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