Francisco, um homem bom
O Papa Francisco exerceu o seu pontificado com uma humanidade exemplar. O Papa das causas morreu a lutar por elas e mesmo sabendo da impossibilidade de as ganhar nunca desistiu.
O desaparecimento do Papa Francisco não é apenas triste para quem professa a religião católica. Com a sua morte física cala-se uma voz que sempre se levantou em nome da paz e da justiça social.
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O seu consulado papal aproximou a Igreja dos crentes e não crentes e este empenho alimentou a esperança, ainda que indefinida, num mundo melhor.
Francisco morreu em paz num mundo que parece não se cansar da guerra. Seja ela na Ucrânia, no Sudão, no Médio Oriente ou na República Democrática do Congo.
Num período da história repleto de hipocrisia a voz límpida do Papa e os seus constantes apelos ao diálogo fizeram a diferença e agitaram as consciências. E a sua palavra, mesmo que agora o pareça, não foi inconsequente na medida em que irá perdurar no tempo.
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O Papa Francisco dedicou a sua vida aos outros. Empenhou-se num pontificado de proximidade e o seu sorriso funcionava com uma injeção de alento.
Um homem sozinho não muda o mundo. Todavia, o seu exemplo é a prova de que vale sempre a pena batalhar por aquilo em que se acredita. Os obituários vão, certamente, explorar todas as facetas do Papa e o seu pensamento sobre os mais diversos temas, da religião à política passando pela economia. Mas, no fim da linha, Francisco era simplesmente um homem bom.
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