O exemplo alemão
Olaf Scholz, líder do SPD, viveu na sombra de Angela Merkel, ocupando a pasta de ministro da Economia, e, a partir de quarta-feira, passará a ser chanceler. Na sequência das eleições de setembro, a CDU vê-se forçada a assumir um papel de oposição e o SPD conseguiu formar um governo de coligação com os Verdes e os Liberais. Ou seja, o SPD não acabou por ser a muleta da CDU e volta a ser protagonista através de uma nova fórmula política.
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Em política não existem fórmulas infalíveis. Ao invés, criam-se preconceitos e estes, amiúde, ganham a configuração de certezas absolutas. Por exemplo, em Portugal, defende-se a ideia de que uma aliança governativa entre o PS e o PSD “mataria” o partido menos votado destes dois, ou, ainda, que este “centrão” político conduziria à desertificação da pluralidade partidária e a uma captura do aparelho de Estado por duas forças com ambições hegemónicas.
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