Otto von Bismarck, o primeiro chanceler do império alemão, dizia que “a política é a arte do possível”. Esta observação pode também, com justeza, ser aplicada aos Orçamentos do Estado, um instrumento central para fazedores da política, sejam eles governo ou oposição. Em Portugal, o Orçamento para o próximo ano, dada a natureza minoritária do Executivo, está a provocar a comoção do costume. A tal ponto que o primeiro-ministro se viu forçado a garantir, em entrevista à TVI, que não abandonará a governação se o Orçamento for chumbado. “Não viro as costas ao país neste momento de crise e tudo farei para poupar o país a qualquer tipo de crise”, garantiu António Costa.