A COP28 não foi tempo perdido, mas desconfio que a classificação como “reunião histórica” vai relevar-se rapidamente como manifestamente exagerada. Numa análise mais pragmática, os compromissos assumidos vão no sentido certo. Porém, são insuficientes. Pede-se mais ambição e velocidade na concretização de promessas e medidas por parte de todos os “stakeholders”. Caso contrário, não vamos conseguir travar o aquecimento global.
A COP28 teve um final dramático. As negociações prolongaram-se para lá do prazo estabelecido e foi conseguido um acordo na vigésima quinta hora. No calor do momento, a declaração que saiu foi classificada por muitos como histórica, pois, pela primeira vez, fala-se do princípio do fim dos combustíveis fósseis. Um passo em frente, pois no passado o compromisso tinha-se ficado pelo carvão e agora inclui-se petróleo e gás.
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