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O mundo passou de um modelo de globalização para uma “blocalização”, uma luta entre blocos que só defendem os seus interesses. Num quadro destes, a União Europeia tem de criar aliados sólidos, como o Canadá e a Austrália, e fazer alinhamentos táticos com a China, a Índia e o Brasil. Esta é a perspetiva do diretor da Católica Lisbon que vê em Trump a atitude de um “bully” que só se consegue combater com coragem, que a Europa neste momento não pode ter enquanto não se autonomizar na defesa e na tecnologia. Convidado desta semana das “Conversas com CEO”, numa entrevista de mais de meia hora aqui editada e que pode ser ouvida na íntegra em podcast, Filipe Santos fala-nos da sua experiência como jovem emigrante que deu aulas nos Estados Unidos e no INSEAD em França, dos desafios que o ensino universitário enfrenta e nas oportunidades que se abrem a Portugal neste novo quadro geopolítico. Sem esquecer que beneficiar dessas vantagens tem desafios, como a resolução do problema da habitação. Defende que “é preciso um investimento rápido e grande em habitação” alertando ainda que o “problema da classe média é a carga fiscal muito elevada sobre o trabalho para rendimentos muito baixos”.