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UE tem 17,5 mil milhões de euros para apoiar eficiência energética nas PME

Mais de 350 mil empresas europeias vão beneficiar de novos instrumentos de financiamento que promovem a poupança de energia e maior competitividade.

12 de Setembro de 2025 às 19:58
Banco Europeu de Investimento BEI
Banco Europeu de Investimento BEI Oscar Romero/EIB
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O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Comissão Europeia anunciaram esta semana, em Bruxelas, uma nova iniciativa que pretende transformar a eficiência energética das pequenas e médias empresas (PME) europeias. O programa prevê um envelope de financiamento de 17,5 mil milhões de euros até 2027, mobilizando mais de 65 mil milhões em investimento total que vai chegar a mais de 350 mil empresas.

“Este é um passo significativo para ajudar as empresas a cortar custos energéticos”, apontou a presidente do Grupo BEI. “E porque as PME são a espinha dorsal da economia da UE, trata-se também de reforçar a competitividade da Europa”, acrescentou Nadia Calviño.

O novo pacote quase duplica o apoio existente e conjuga instrumentos de dívida, capital próprio e novas soluções de financiamento. Entre as novidades está a criação de um “balcão único” que permitirá às organizações aceder de forma mais simples a todo o leque de apoios.

“As PME estão no coração da economia e do modo de vida europeus. Mas investem em eficiência energética apenas a metade do que investem as grandes companhias”, enquadrou Dan Jørgensen, comissário europeu da Energia e Habitação. “Esta iniciativa será fundamental para fechar a lacuna de investimento, simplificar o acesso ao financiamento e acelerar a adoção de soluções de eficiência energética”, assegurou. 

O BEI vai apoiar plataformas de investimento dedicadas, em parceria com o setor privado, com o objetivo de alargar a base de investidores e atrair capital para o ecossistema europeu da eficiência energética.

Uma das apostas estratégicas é o modelo de energia como serviço, desenvolvido em parceria com a Fundação Solar Impulse. Este conceito permite que as empresas deixem de comprar equipamentos, como sistemas de aquecimento ou iluminação eficientes, e passem a pagar apenas pelo resultado, ou seja, pelo calor ou pela luz consumida. O fornecedor mantém a propriedade do equipamento e garante o desempenho, eliminando custos iniciais para as PME.

No mesmo evento, o BEI apresentou dados que mostram que, em média, as empresas europeias gastam uma fatia maior do seu volume de negócios em energia do que as suas congéneres norte-americanas. 

“Estamos a concentrar os nossos esforços em melhorar a vida dos europeus e a competitividade das empresas. Mas isto não é apenas sobre faturas de energia. É também sobre segurança, integração de mercados e criação de instrumentos pan-europeus. Quando atuamos em unidade e com determinação, somos imparáveis”, defendeu Nadia Calviño. A iniciativa faz parte do Clean Industrial Deal e do Plano de Energia Acessível da UE, com o objetivo de reforçar a transição verde europeia.

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