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Mulheres em minoria no tempo de antena no discurso público

Seja como palestrantes em conferências, comentadoras na comunicação social ou como protagonistas de notícias, as mulheres continuam em minoria no palco público, e isso perpetua desequilíbrios e atrasa a ambicionada sustentabilidade na sociedade e nas próprias empresas e organizações.

08 de Março de 2023 às 14:15
Wavebreak Media LTD
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A WebSummit traz todos os anos milhares de participantes a Lisboa, para absorverem o que de mais inovador existe na área da tecnologia, com dezenas de palestras a ocorrerem por esses dias. Mais de 71 mil pessoas de 160 países estiverem presentes na última edição, em novembro passado. Destas, 42%s foram mulheres, mas no que toca a serem oradoras esta taxa desceu para 34%, segundo dados da organização. É certo que o género feminino está em minoria nas áreas tecnológicas, mas o inverso acontece na área da saúde e também aqui os dados apontam para um terço do discurso público ocupado por mulheres em conferências da área. No estudo "Equidade de género em conferências cirúrgica", por exemplo, levado a cabo em 2021 por um conjunto de investigadores nos EUA, a percentagem média de palestrantes do sexo feminino nestas temáticas cifrava-se nos 28%. Tal situação é "fruto de desigualdades de género ainda existentes nos níveis superiores da carreira académica, mas também pela ausência de mulheres em cargos de liderança pública e privada", explica ao Negócios Maria Manuel Leitão Marques, deputada ao Parlamento Europeu. Nesta medida, "hoje em dia, não estamos apenas a combater um viés consciente, mas também um viés inconsciente que resulta de convidar quem vemos ao lado e não quem está ausente", acrescenta.

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