O efeito das expectativas no preço das acções

Tesla não para de crescer. Depois de se ter tornado a maior fabricante automóvel dos EUA na bolsa, prepara-se para liderar o mundo. Embora os resultados ainda estejam no vermelho.
Reuters
Mariana Adam 24 de Abril de 2017 às 13:21
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As acções da marca de luxo italiana valorizaram 74% num ano e a Ferrari tornou-se na empresa que mais dá dinheiro a ganhar aos seus accionistas, embora a sua capitalização bolsista seja de 13,6 mil milhões. Já os títulos da Tesla subiram 25%, no mesmo período, mas a empresa de que todos falam atingiu, recentemente, uma capitalização bolsista superior a 50 mil milhões de euros.

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De acordo com a Bloomberg, a performance da Ferrari deve-se aos resultados acima do esperado da empresa, fundada por Enzo Ferrai em 1929.

A decisão do CEO Sergio Marchionne de aumentar a produção de edições especiais de luxo, tais como o desportivo LaFerrari Aperta, que custa 2,1 milhões de dólares, é a principal justificação para a Ferrari ter lucrado 425 milhões de euros (cerca de 450 milhões de dólares), em 2016. Mas não a única. A Ferrari revelou em Março o 812 Superfast, o carro de produção mais rápido da história da marca. Marchionne está lentamente a mudar a estratégia da marca italiana admitindo a construção de modelos híbridos e menos potentes. A empresa, que se limitava a uma produção de 7 mil veículos por ano para proteger sua imagem de marca de exclusividade, vendeu 8.014 em 2016 e espera vender cerca de 8.400 este ano.

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"Os investidores estão a descobrir a Ferrari e a sua capacidade para aumentar as margens de lucros desde o IPO, enquanto a Tesla, com a vantagem de ser vista desde o início como estrela dos carros eléctricos, ainda precisa de provar que é capaz de gerar lucros", afirma à Bloomberg Vincenzo Longo, um analista da IG Market, em Milão.

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A Tesla que em 13 anos passou de promissora 'start up' à mais valiosa empresa de automóveis em bolsa, teve prejuízos de 2,3 mil milhões de dólares em 2016, e este ano, deverá perder pelo menos 950 milhões de dólares. Os analistas explicam o sucesso da empresa de no mercado de acções com a mística do presidente executivo Elon Musk, cujos discursos se tornam virais e são estudados à virgula. O génio de Silicon Valley tornou-se num ícone depois de vender a PayPal — da qual era o principal accionista — ao eBay por 1,5 mil milhões de dólares e ter fundado a primeira empresa privada de exploração espacial, a SpaceX, a conseguir um contrato com a NASA.

Alexander Potter, da Piper Jaffray, resumiu num relatório de análise à empresa, citado pelo Washington Post, o ‘segredo’ por detrás do sucesso: "A Tesla não é apenas mais uma empresa. Mais do que qualquer outra acção que tenhamos analisado, a Tesla gera optimismo, liberdade, desafio e uma série de outras emoções que, na nossa opinião, as outras empresas não conseguem replicar".

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