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Espanhola Cellnex dipara em bolsa após compra de torres da antiga PT

Os analistas destacam que a expansão da Cellnex para o mercado português é um passo positivo para a estratégia do grupo espanhol e pode abrir portas a novos negócios com o grupo Altice.

03 de Janeiro de 2020 às 11:23

Os títulos da Cellnex dispararam no arranque da sessão desta sexta-feira do Ibex 35, principal índice bolsista espanhol. Em causa está a aquisição da totalidade da Omtel, empresa que detém as cerca de 3 mil torres de comunicação da antiga Portugal Telecom (PT).

O anúncio da compra, avaliada em 800 milhões de euros, fez com que as ações do grupo de torres de telecomunicações disparassem. Os títulos subiram 3,55% para 40,80 euros, numa sessão que está a ser marcada pela queda de quase todas as cotadas.

A Cellnex já tinha sido a estrela do Ibex 35 em 2019, tendo valorizado 94% ao longo do ano passado. E tem estado no topo das preferências dos analistas tendo valorizado 6% desde o arranque deste ano.

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Espanhola Cellnex dipara em bolsa após compra de torres da antiga PT

O negócio anunciado na quinta-feira ao final do dia, que marca a entrada em Portugal e a expansão da Cellnex para oito países na Europa, tem sido destacado positivamente pelos analistas.

O banco Sabadell, citado pelo Expansion, salienta que além de entrar num novo mercado, o negócio representa a angariação de um novo cliente, a Altice, "com ativos em outros países, o que pode aumentar a capacidade de compras futuras".

O analista do Goldman Sachs, Andrew Lee, destaca que o negócio representa um passo "estratégico positivo" para a Cellnex. Já para o grupo de Patrick Drahi este negócio tem um peso mais modesto uma vez que a Altice detinha uma fatia de 25% na Omtel, através da Meo. Esta alienação rendeu 200 milhões à Altice. Os restantes 75% estavam desde setembro de 2018 nas nãos do consórcio do qual faz parte a Morgan Stanley Infrastructure Partners e a Horizon Equity Partners. Esta última empresa foi constituída em 2017 e tem como administradores Sérgio Monteiro e António Pires de Lima.

O BPI também destaca como positivo este negócio uma vez que marca a continuação da expansão da Cellnex. Em 2019 o Grupo celebrou vários acordos de aquisição de ativos e empresas os quais implicam um aumento de mais de 28 mil infraestruturas na atual carteira da Cellnex.

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