Audemars Piguet: Comemoração real

Para comemorar um quarto de século da Offshore, a Audemars Piguet decidiu fazer uma edição inspirada no modelo de 1993, incorporando todas as inovações actuais.
Fernando Sobral 03 de Fevereiro de 2018 às 18:00

Há dias felizes. No SIHH de Genève, a Audemars Piguet aproveitou para mostrar, entre outras propostas, uma homenagem a um dos seus símbolos mais salientes. Comemoram-se os 25 anos da colecção Royal Oak Offshore e agora a marca lança uma versão em cronógrafo com turbilhão, o Royal Oak Offshore Tourbillon Chronograph, com características estéticas dignas de um produto arquitectónico. Em aço ou ouro rosa (duas tiragens de 50 exemplares), distingue-se pela impressionante profundidade que mostra um movimento de características manuais inteiramente redesenhado para festejar o momento.

Filha dilecta da colecção Royal Oak, a Offshore surgiu em 1993 e desde então tornou-se uma plataforma para a inovação, evoluindo em diferentes versões. Agora, para comemorar um quarto de século da Offshore, a Audemars Piguet decidiu fazer uma edição inspirada no modelo de 1993, incorporando, no entanto, todas as inovações técnicas disponíveis hoje. O design, como lógica de herança, mantém-se. Paralelamente, surgem duas novas séries limitadas deste Royal Oak Offshore Tourbillon Chronograph: uma em aço e outra em ouro rosa, ambas apenas com 50 exemplares.

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A caixa é de 45mm, o que confere a estes modelos um aspecto bastante robusto. O movimento recorre a novas técnicas de design, renovado exclusivamente para esta celebração. O movimento Calibre 2947 parece mesmo suspenso, o que é permitido pela presença de pontes de titânio. O diâmetro total deste movimento é de 39,78mm e o relógio surge com diversas funções, a começar pela inclusão de turbilhão e cronógrafo. Trata-se de um modelo extremamente atractivo e poderoso, dentro do espírito muito próprio da Audemars Piguet, uma das marcas com uma personalidade muito própria no âmbito da indústria relojoeira suíça.

A Audemars Piguet é uma das mais antigas empresas de relojoaria do mundo ainda controladas pelas suas famílias fundadoras e a sua história cruza-se com a própria indústria suíça. No século XVIII, as famílias Audemars e Piguet viviam no Vallée de Joux (onde fica Le Brassus), local de Invernos rigorosos. Era nessa estação, que convidava a ficar em casa, que faziam componentes para relógios, algo que lhes permitia criar um suplemento de rendimentos para a sua actividade florestal e de leite. Era o primeiro passo para a criação de uma própria empresa.

Foi isso que Jules-Louis Audemars, que depois de conhecer Edward-Auguste Piguet, acabaram por fundar a Audemars, Piguet & Cie em 1881. Enquanto faziam movimentos para outras marcas, começaram a fazer os seus próprios relógios, apresentando os seus primeiros modelos (calendários perpétuos, por exemplo), em 1882. A sua presença na Exposição Universal de Paris em 1889 permitiu-lhe expandir mercados. A Grande Depressão quase levaria a empresa à falência, mas após a II Guerra Mundial a Audemars Piguet voltaria a crescer. A reacção à crise do quartzo foi a criação de um relógio de aço de características desportivas, o Royal Oak, inventado por Gérald Genta. Foi um sucesso e esses primeiros relógios são hoje uma paixão para os coleccionadores. Ainda dentro das propostas deste ano da marca no SIHH, há que destacar a colecção feminina Millenary, de que falaremos em pormenor noutra oportunidade.

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Audemars Piguet: Comemoração real

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Na mesma SIHH, a Hermès apresentou também o Arceau Casaque, sucessor do Arceau criado em 1978 por Henri d'Origny, onde foram renovados os códigos estéticos dos relógios redondos. Com 36mm de diâmetro, é devoto do amor ao mundo dos cavalos. A marca surgiu também com o Arceau Pocket Millefiori, um exemplar distinto que é bastante sedutor com os seus 48mm de diâmetro. Tentações diferentes para esta marca sempre muito ligada à distinção no universo da moda. 

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