Independentes ao poder
As distinções mais aguardadas do ano no mundo da alta relojoaria foram finalmente conhecidas esta semana. De facto, o júri do Grande Prémio de Relojoaria de Genebra decidiu finalmente quebrar o suspense e revelar os vencedores das várias categorias, disponíveis em pormenor em www.gphg.org. Confirmando uma tendência que se manifesta há escassos anos, o Grande Prémio foi o palco de uma intensa batalha entre os criadores independentes de peças de luxo e as grandes marcas clássicas do segmento "premium".
Este ano, a batalha pendeu muito ligeiramente para os independentes, já que o prémio maior, o "Aiguille D'Or", foi para o cronómetro FB 1 de Ferdinand Berthoud, confirmando assim o fascínio dos peritos e dos amantes por uma casa relojoeira que insiste em trabalhar sozinha há mais de dois séculos, a caminho da quimérica perfeição estética e mecânica.
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Mas se a Berthoud conseguiu, com o prémio mais distinto, continuar a conquistar o território que é devido aos criadores relojoeiros de boutique, as marcas de topo não se deixaram, de modo algum, acomodar num lugar secundário. Duas delas, especialmente a Piaget e a Girard-Perregaux, tiveram especial destaque. A Piaget, confirmando um investimento que está no seu ADN, foi buscar o prémio de melhor peça para mulher, com o Limelight Gala, e recebeu ainda o muito desejado prémio artístico, com o Protocole XXL "Secrets & Lights" Venice Micro-Mosaic.
A Girard-Perregaux viu reconhecida a peça mecânica para mulher, o Cat's Eye Tourbillon with Gold Bridge, para além do prémio para tourbillon, com o La Esmeralda. A par destes dois gigantes, a Chanel voltou a brilhar no prémio de peça de joalharia relojoeira, com o Secret Watch "Signature Grenat", e a Tag Heuer regressou aos prémios, na categoria de revivalismo, com o seu cronógrafo Monza.
A tendência será a de que o próximo ano continue a ser o palco para esta batalha intensa entre as duas lógicas criativas que procuram conquistar o topo da arte relojoeira.
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*Nota ao leitor: Os bens culturais, também classificados como bens de paixão, deixaram de ser um investimento de elite, e a designação inclui hoje uma panóplia gigantesca de temas, que vão dos mais tradicionais, como a arte ou os automóveis clássicos, a outros totalmente contemporâneos, como são os têxteis, o mobiliário de design ou a moda. Ao mesmo tempo, os bens culturais são activos acessíveis e disputados em mercados globais extremamente competitivos. Semanalmente, o Negócios irá revelar algumas das histórias fascinantes relacionadas com estes mercados, partilhando assim, de forma independente, a informação mais preciosa.
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