A aritmética de Catarina
Histórias de pessoas que um dia se hão-de encontrar.
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Catarina Dias admitiu a possibilidade de ser engolida pelo redemoinho da loucura, a partir do momento em que definiu a premissa da sua tese de licenciatura. Discorria sobre o estatuto e a aura da fotografia a preto e branco, por oposição à cor, racionalizando a estranheza que deriva da constatação de que o olho humano tem uma sensibilidade cromática. Assim sendo, dado que as pessoas vivem num mundo que distinguem e catalogam por cores, como poderiam renunciar a este privilégio, dando predomínio ao que só existe por manipulação estética? O preto e branco fortalece as emoções? O preto e branco encena uma realidade? Ou a sua prevalência é, tão somente, uma manifestação de misantropia, maquilhada com arrogância intelectual?
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