A minha economia: Manuel Botelho
Na galeria da Fundação PLMJ, estão imagens de um homem de barba, grisalho, desgastado, para quem a juventude passou há vários anos, mas não está distante. Está vestido de camuflados.
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Ora tem uma espingarda na mão, ora um cigarro, um copo, um baralho de cartas. Rodeia-o terra, cartas de amor, coxas de mulher. Manuel Botelho, artista plástico nascido em 1950, ano de quem cresceria para ir à guerra, não foi à guerra mas começou a trabalhar a partir de um "se". Se tivesse feito a guerra colonial, como seria? Se Portugal digerisse realmente a sua história, como seria? Se não esquecêssemos o luto que era a cor de Portugal antes do 25 de Abril, como seria? Se olhássemos para trás para valorizar o património artístico que temos e acreditássemos que continuaremos a criar valor futuro, apesar da economia que nos rodeia, como seria? Se nos perdoássemos, como seria?
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