América Latina: a teoria do dominó
A esquerda vai sendo desalojada do poder, país após país, num jogo de dominó que parece encerrar um ciclo. Aquele que nem a mudança do fuso horário, como Nicolás Maduro implementou na Venezuela, consegue travar.
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Durante a Guerra Fria, o secretário de Estado norte-americano John Foster Dulles terá elaborado a "teoria do dominó": se um país caísse na esfera comunista, os países com os quais aquele fizesse fronteira também cairiam. O conceito ajuda a perceber muito do que foi a política externa norte-americana nas décadas de 1960 e 1970 na América Latina, na Ásia e em África. Olhando para os acontecimentos recentes, talvez esta teoria esteja a cruzar-se com o realismo mágico que fermentou o imaginário latino-americano, especialmente após os "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez: a esquerda vai sendo desalojada do poder, país após país, num jogo de dominó que parece encerrar um ciclo. Aquele que nem a mudança do fuso horário, como Nicolás Maduro implementou na Venezuela para reduzir o consumo da energia eléctrica, consegue travar.
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