Quem faz a terapia é o terapeuta. O animal é um auxiliar, um instrumento", começa por explicar Abílio Leite, presidente da Ânimas - Associação Portuguesa para a Intervenção com Animais de Ajuda Social, com sede no Porto. A experiência justifica o tom de alerta. A terapia assistida por animais (TAA) é "uma área em que não existe regulamentação" - e a enorme quantidade de "informação que circula na internet" também não tem ajudado à clarificação dos conceitos. "É tudo muito holístico; há pessoas a fazer ‘terapia’ que não têm uma formação reconhecida na área da saúde, que não são terapeutas...", lamenta. Ao leme da associação, Abílio Leite é instrutor de cães de assistência e técnico de terapia/intervenção assistida com animais. "Não sou terapeuta", sublinha.