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Até deixar de existir a palavra amanhã

São jovens e comunistas e não gostam que lhes digam que há nisso contradição. Alguns chegaram à JCP através de família, outros querem contribuir para algo maior do que eles, outros querem lutar contra a precariedade. O partido que parecia estar no passado de repente, com o recente resultado autárquico, entrou com força no presente, e os jovens, diz-se, são o futuro.

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weekend Bruno Simão/Negócios
08 de Novembro de 2013 às 15:28
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Falámos das classes, da ofensiva ideológica, da transformação da sociedade. Também falámos da crise, da precariedade, do Ensino Superior, da Constituição de Abril. Muitas coisas se repetem de conversa para conversa, há uma cassete que parece estar a rodar, mas essa cassete, como diz uma militante, é como os comunistas vêem a realidade e, nesse sentido, o que diz um jovem comunista não é muito diferente do que diz um velho comunista nem é muito diferente da postura na vida de "dar o que cada um pode" a cada momento ao seu partido. Mas, no final de várias horas de conversa com diferentes militantes da Juventude Comunista Portuguesa (JCP), o que fica é aquilo que ainda não ouvimos antes, aquilo que, no partido do colectivo, parece mais individual: Tiago Vieira: "Ser comunista muda muito a vida das pessoas."; Sofia Lisboa: "Não tenho nenhum problema de consciência com a história do comunismo, porque eu não estava lá."; Francisco Pereira: "Nós não vimos ao mundo com uma razão inerente - somos nós que lhe damos uma razão e esta é uma boa razão."; André Martelo: "Temos tempo, paciência revolucionária."; Bruno Madeira: "Ouvimos dizer que a juventude é o futuro mas eu não sou o futuro, sou o presente, já cá estou e enquanto cá estiver hei-de ser sempre presente." Tiago Ferreira: "É para a vida." Helena Casqueiro: "Em todas as gerações há-de ter havido gente que viu as coisas passar, sem se mexer."

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