Beach Boys: Nas ondas da loucura
Sol, areia, surf, raparigas. Era sobre isso que os Beach Boys cantavam na década de 60. Mas o sonho cruzava-se com o pesadelo. É disso que nos dá conta a biografia "Love & Mercy", de Brian Wilson, em forma de filme realizado por Bill Pohlad, e que estreou ontem em Portugal, com o título "A Força de um Génio".
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Na década de 1960, antes de Silicon Valley e da Internet, a Califórnia era o paraíso da juventude que descobria os seus próprios limites. Uns, percorrendo as auto-estradas com os carros que a sociedade de consumo emergente tornava possível. Outros, olhando as ondas do mar e sonhando em transformar as praias da Califórnia num novo Havai. Sol, areia, surf, raparigas. Não interessa a ordem, mas era sobre isso que os Beach Boys cantavam na década de 60. O grupo representava o período áureo do hedonismo e do consumo que tinha conquistado a juventude norte-americana, que se apaixonara pelo rock, que descobrira um país sem fim nas auto-estradas que rapazes e raparigas sem preconceitos cruzavam e que as drogas começavam a radicalizar. Mas tudo, na altura, parecia ser apenas um paraíso da inocência, ao qual os Beach Boys ofereciam a banda sonora perfeita. Não era por acaso que o grande hino dos Beach Boys se chamou "California Girls" e saiu em 1965. Era o culminar de um ciclo de grandes temas como "Surfin'USA", "I Get Around" ou "Good Vibrations".
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