Bombom doce ou amargo?
Parece uma novela mexicana. Enrique Peña Nieto chega à presidência do México aos 45 anos. É o regresso do PRI (Partido Revolucionário Institucional) ao poder, afastado no ano 2000 e depois de 71 anos a liderar a segunda maior economia da América Latina. Enrique Peña Nieto garante que é uma nova geração "priista" à frente do país. É, diz, a segunda oportunidade.
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Enrique Peña Nieto, muitas vezes catalogado como o político mais bonito do México, é muitas vezes comparado a JFK (John Fitzgerald Kennedy) ou a David Beckham, comparação que ganhou força quando, na Feira do Livro de Guadalajara, Peña Nieto não conseguiu acertar o nome de autores com livros, nem conseguiu nomear alguns livros que leu. Confuso, tentou disfarçar, dizendo que quando lê não se aprofunda nos títulos. Aconteceu em Dezembro num país com muitos autores prestigiados. Octavio Paz, Carlos Monsiváis, Carlos Fuentes, recentemente falecido e de quem se diz que lhe ficaram a dever o Prémio Nobel da Literatura. Morreu no decurso da campanha presidencial, durante a qual comentou que em nenhum dos candidatos via capacidades para governar o país. E foi o próprio Carlos Fuentes, citado pelo "The Guardian", que perante a confusão de Peña Nieto - que atribuiu a Enrique Krauze um livro de Carlos Fuentes - declarou: "Este homem não me leu, tem o direito de não o fazer. Agora, o que ele não tem é o direito de aspirar a ser presidente do México baseado na ignorância".
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