Chegou a era dos implantes cerebrais?
No final de janeiro, Elon Musk anunciou o implante bem-sucedido de um “chip” no cérebro de um paciente humano. Pode ser um passo fundamental para ajudar pessoas com paralisias. Mas esta tecnologia também abre caminhos perigosos se o seu uso extravasar o âmbito médico. Especialistas e cientistas ajudam-nos num debate sobre os limites da ciência. “E se um ‘chip’ puder funcionar para colocar sinais no cérebro, em vez de o extrair? E se a separação entre os seres humanos e as máquinas for diluída?”. Em causa está também o respeito pela nossa Humanidade.
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Foi a 29 de Janeiro. Na rede social X (antigo Twitter), da qual é dono, o multimilionário norte-americano Elon Musk deixou uma mensagem que pode ser simultaneamente gloriosa e perturbadora: "O primeiro humano recebeu ontem um implante da Neuralink e está a recuperar bem." O procedimento consistia em colocar no cérebro de um voluntário um "chip" que viria a permitir a ligação com um computador. Ou seja, transformar pensamentos em ordens que uma máquina desempenharia. Depois disso, a única revelação significativa foi o anúncio, novamente fora do circuito científico, de que o paciente estava "bem" e já conseguira operar um rato de computador sem lhe tocar. O mundo ainda não sabe bem o que pensar de tudo isto.
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