Joana Brandão: Nós também somos memórias que não são nossas
A actriz Joana Brandão poderia definir-se como uma colectora de memórias. É isso que está a fazer no documentário "Terra", que é precisamente uma recolha de memórias da aldeia de A-dos-Ruivos, a pequena localidade onde nasceu o avô. Foi isso que fez, também, na peça "Coragem Hoje, Abraços Amanhã", um espectáculo criado a partir de testemunhos, cartas e memórias de mulheres que foram presas pela PIDE durante o período do Estado Novo.
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A actriz Joana Brandão poderia definir-se como uma colectora de memórias. Memórias dela e memórias dos outros, memórias que são também as nossas. É isso que está a fazer no documentário "Terra", que é precisamente uma recolha de memórias da aldeia de A-dos-Ruivos, a pequena localidade onde nasceu o avô. Foi isso que fez, também, na peça "Coragem Hoje, Abraços Amanhã", um espectáculo criado a partir de testemunhos, cartas e memórias de mulheres que foram presas pela PIDE durante o período do Estado Novo. Foi um dos espectáculos mais marcantes no percurso artístico de Joana Brandão, que em 2016 recebeu o prémio de Melhor Actriz, na categoria de teatro, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), pelo espectáculo "Constelações", no qual a actriz se desmultiplica em várias actrizes. Hoje, está a trabalhar sobre a ideia de verdade e sobre a ideia de mentira, a partir de textos de Florian Zeller, encenados por João Lourenço, que serão levados ao palco do Teatro Aberto em Novembro.
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