Macau sempre foi um porto franco. Onde se cruzaram comércios e culturas, com vista para uma China grandiosa e misteriosa. Ali, naquela cidade que um escritor local, Adé (José dos Santos Ferreira, 1919 - 1993), descreveu como em "Macau, pequenina e graciosa, gentil e acolhedora" nasceram paixões de uma vida. Ou de muitas vidas. Naquela cidade, acolheram-se exilados da cultura portuguesa e tentou criar-se uma identidade cultural macaense. Ali, alguns descobriram que é possível viver sem estarem presos às raízes, porque estas foram substituídas por horizontes.