Mandela, um ano depois da sua morte
Nelson Mandela sonhou com uma nação "arco-íris", mas hoje a África do Sul é o que sempre foi, um país a preto e branco. A violência aumentou, as desigualdades sociais são cada vez maiores e os escândalos ao redor do presidente, Jacob Zuma, descredibilizam a classe política.
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Poucas horas depois do funeral de Mandela, o céu ficou escuro e choveu. Um bom sinal, de acordo com as tradições africanas. Significava que a passagem do grande líder para o mundo dos ancestrais seria tranquila. E, ao mesmo tempo, indiciava uma passagem, também tranquila, para uma nova etapa nesta jovem democracia, agora sem a sua grande referência. A morte de Mandela era a grande prova de fogo para uma nação marcada pelo apartheid, pela violência e pelas desigualdades sociais. Madiba, como carinhosamente era tratado pelos sul-africanos, conseguiu apaziguar os espíritos de negros e brancos. Mesmo já estando afastado da vida política, era um farol na escuridão pela força moral que tinha. Mas um ano depois da sua morte, será que os valores da tolerância, do perdão e da solidariedade, que tanto defendeu, perduram? Que África do Sul existe hoje?
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