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O saber é incómodo, está a mais, é maçador

Antes da entrevista, socorre-se de uma folha em branco e de uma caneta, que pousa a seu lado. Hora e meia depois, terminada a conversa, a folha continua imaculadamente em branco.

12 de Abril de 2013 às 10:10
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Mário de Carvalho explica depois que o hábito nasceu durante os interrogatórios a que era submetido pela PIDE, antes do 25 de Abril de 1974. Na altura, rabiscava figuras geométricas nas folhas, um estratagema para se alhear das perguntas dos polícias políticos. Outros tempos. Sobre os políticos de hoje diz que “são muito fracos” e que “o mundo deles é muito pequenino”. Pelas palavras ditas de Mário de Carvalho percorre-se a actualidade. A escolha do novo Papa, de quem não espera “nada de novo”, a “desvalorização dos intelectuais”, “o endeusamento do capital financeiro” e a constatação de que a noção “do bem comum deixou de fazer parte das preocupações das pessoas que estão no poder actual”. Vive-se uma época perturbante onde “o saber não tem lugar”.

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