Os presos e uma certa gentil flora
Disse-lhes que não ia, viessem buscar-me. Vieram. Um jipe levou-me ao quartel-general, pernoita na Trafaria, ala para Coimbra e Viseu, com quatro soldados que paravam para beber copos comigo.
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D’Annunzio esteve mais tempo preso do que eu. Mas a prisão do escritor circense que era Gabriele D’Annunzio teve pergaminhos: cinco meses por ser amante da digníssima esposa de um nobre napolitano. E não falemos sequer do Marquês de Seda, perdão de Sade, despejado na Bastilha por sodomizar e envenenar cinco venais rameiras. O que mais se aproxima dos meus tormentos de cárcere foi o que aconteceu ao prolixo Honoré de Balzac: na tropa, provavelmente para se dedicar a um clandestino comércio amoroso, baldou-se à sua missão de sentinela. Preso por duas semanas: ora, amendoins!
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