Paulo Castro: “O ChatGPT é comparável a um oráculo”
“O impacto da inteligência artificial na natureza humana requer que nos repensemos no mundo. É preciso perceber o que nos torna humanos”, defende Paulo Castro, investigador no Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa. Quanto mais se aproximam dos nossos modos de estar e de ser, mais poderosas são as tecnologias. E isso torna-nos mais manipuláveis e vulneráveis”, alerta.
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Pensar a inteligência artificial (IA) a partir da Filosofia e da Antropologia. Essa é a proposta de Paulo Castro, investigador no Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa (CFCUL). Licenciado em Antropologia e doutorado em Filosofia do Pensamento Contemporâneo, com uma tese sobre IA, considera que sistemas como o ChatGPT, ao usarem linguagem natural, têm um enorme impacto no comportamento humano. "Quanto mais se aproximam dos nossos modos de estar e de ser, mais poderosas serão estas tecnologias. E isso torna-nos mais manipuláveis e vulneráveis." É preciso criar um pensamento humanista sobre inteligência artificial, defende. A ficção dá algumas pistas sobre cenários mais ou menos futuristas. "Westworld" é para o investigador a série que melhor retrata os tempos modernos.
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