O Salão de Relojoaria de Genebra, que terminou há poucos dias, é um dos grandes momentos do ano para a indústria deste sector, já que é aqui, normalmente, que as marcas exibem as suas grandes novidades e partilham as suas inovações. O ponto alto do Salão é a atribuição do Grande Prémio de Relojoaria, que contempla várias categorias. Uma análise cuidadosa das peças vencedoras deste ano mostra três tendências fortes. A primeira é que a indústria e os especialistas continuam a premiar as casas de nicho, que criam peças complexas, ao nível mecânico, mas também de enorme valor estético. A segunda tendência é a intrusão de novos relojeiros, de pequena produção, mas capazes de produzirem peças inovadoras e de grande valor. Uma terceira tendência, que há muito não se verificava, é o aparecimento entre os premiados de relógios especiais de marcas de grande consumo. Assim, na primeira tendência, o grande vencedor foi o modelo "Classique Chronométrie", da Breguet, que arrebatou o "Alguille d'Or", o Grande Prémio. Nesta linha, a Urwerk, que apresenta peças de enorme complexidade mecânica envoltas num design fora do comum, viu ser atribuído ao seu modelo EMC o prémio de inovação.