Rui Lopes Graça: “O sentimento de posse dá-nos uma falsa sensação de segurança”
Rui Lopes Graça começou a trabalhar na CNB com um primeiro contrato e o sonho de ser bailarino aos 21 anos. Nem deu conta do tempo passar nem dos anos sobre o corpo nem de deixar o palco, porque começou a coreografar. A peça “Annette, Adele, e Lee”, o segundo espetáculo que o coreógrafo faz com o artista plástico João Penalva, está no Teatro Camões até 19 de maio.
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"Annette, Adele, e Lee" são três pessoas que dançam sapateado. A peça, no Teatro Camões, pela Companhia Nacional de Bailado (CNB), até 19 de maio, não é sobre elas nem sobre personagens possíveis de construir a partir delas, mas os bailarinos da CNB, de certa forma, dançam sobre os seus passos. De alguma maneira, tudo o que fazemos traça passos e gestos que já foram feitos antes de nós. Este é o segundo espetáculo que Rui Lopes Graça faz com o artista plástico João Penalva e que parece tê-lo levado para um território onde se sente confortável, ainda que estar confortável possa querer dizer provocar o desconforto constantemente, nunca se deixar conformar. Começou a trabalhar na CNB com um primeiro contrato e o sonho de ser bailarino aos 21 anos. Nem deu conta de o tempo passar nem dos anos sobre o corpo nem de deixar o palco, porque começou a coreografar e isso tornou-se uma continuação natural do trabalho que tinha escolhido.As condições, por vezes, fazem-nos ser aquilo que não somos ao ponto de nos esquecermos de quem somos.
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