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Sérgio Tréfaut: “Há um certo Brasil que está a desaparecer”

Nos jardins do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, homens e mulheres de oitenta e mais anos juntam-se para cantar. Há ali um Brasil que existe e que ao mesmo tempo não existe. É o “Paraíso”, de Sérgio Tréfaut. A pandemia interrompeu as filmagens e interrompeu a vida de alguns dos velhos cantores amadores. “O Brasil que eu amei também desaparece com eles”, diz o cineasta, que está a preparar um novo filme chamado “Incêndio”. É também um retrato de um país em risco de perder a memória

Miguel Baltazar
15 de Outubro de 2021 às 11:00
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"Não deixe o samba morrer", canta uma das muitas senhoras que quase todos os dias se encontram nos jardins do Palácio do Catete, o antigo palácio presidencial no Rio de Janeiro. Elas e eles, de oitenta e mais anos, vivem ali uma espécie de utopia. O realizador Sérgio Tréfaut foi disso testemunha e filmou o seu "Paraíso", documentário que chegou em setembro às salas portuguesas. A pandemia interrompeu as filmagens e interrompeu também a vida de alguns dos velhos cantores amadores. "O Brasil que eu amei também desaparece com eles." Os sobreviventes - da pandemia e de um outro Brasil - estão loucos para voltar a cantar, conta o cineasta. Está a preparar um novo filme chamado "Incêndio". Tem como ponto de partida o incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro e é também um retrato de um país em risco de perder a memória.

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