Sophia, a escritora que dançava os poemas
“A minha mãe adorava dançar, estava sempre a dançar. Ela nunca ouvia música sentada”, conta Maria Andresen de Sousa Tavares, filha de Sophia de Mello Breyner Andresen, poeta – assim se intitulava – que faria 100 anos a 6 de novembro de 2019. As celebrações do centenário do nascimento de Sophia começam este sábado, com um espetáculo de dança no CCB. Seguem-se exposições, filmes, colóquios e concertos ao longo do ano, naquela que é uma iniciativa do Centro Nacional de Cultura e organizada por nomes como Guilherme d’Oliveira Martins, José Manuel dos Santos e Maria Andresen, responsável pela herança literária de Sophia.
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"Sophia dançava os poemas. Dançava os próprios poemas. Sophia não era uma bailarina, não era uma bailadora e, contudo, ela dançava os poemas", descreveu Pedro Eiras, professor de Literatura Portuguesa, na conferência "Sophia e a Dança", organizada pela Companhia Nacional de Bailado em 2014. "A minha mãe adorava dançar, estava sempre a dançar. Ela nunca ouvia música sentada", conta, em conversa com o Negócios, Maria Andresen de Sousa Tavares, a primeira filha de Sophia, professora de Literatura, autora de livros de poesia e responsável pela organização do espólio literário da mãe poeta - para Sophia, a palavra poetisa não exprimia verdadeiramente a forma feminina de poeta. Este ano, comemora-se o centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen, a primeira mulher portuguesa a receber o Prémio Camões, em 1999. As celebrações começam este sábado no CCB, em Lisboa. E começam com dança.
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