Surf vale milhões e a maré continua a encher
Mais turistas, mais investimento internacional, mais residentes estrangeiros, mais nómadas digitais – a economia do surf está a transformar a linha de costa que liga Ericeira, Peniche e Nazaré, com novos hotéis, restaurantes, escolas e empresas de atividades marítimas. Mas as ondas que atraem praticantes de todos os níveis, do menos experiente ao mais ousado, encontram-se de Viana do Castelo até Sagres e fazem de Portugal o principal destino da Europa na modalidade.
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No início da última década, as vagas gigantes da Praia do Norte, na Nazaré, começavam a afirmar-se como as maiores do mundo, a Reserva da Ericeira, primeira e única fora da Austrália e Américas, ganhava fôlego, e as ondas perfeitas de Peniche acumulavam fama ao receberem, consecutivamente, a elite do circuito internacional. Francisco Rodrigues estimava em 400 milhões de euros o impacto direto e indireto do surf em Portugal. Com a modalidade "a crescer brutalmente", o presidente da Associação Nacional de Surfistas admite que o surf pode valer hoje mais "1,5 vezes, pelo menos", ou seja, no mínimo 600 milhões de euros. O imaginário que existe tanto no mar como em terra "acrescentou valor" nos últimos anos, tem "importância multilateral" e "serve de âncora para outras indústrias".
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