Uma Europa exclusivista
A limitação da entrada de imigrantes na Suíça abanou um dos principais pilares da União Europeia. Questões identitárias e problemas de relacionamento intercultural fragmentam uma Europa cada vez mais dividida entre "ricos do Norte e pobres do Sul". Adriano Moreira e Maria de Fátima Amante deixam a sua leitura.
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"É um retrocesso. Os espaços que compõem a União Europeia vão tornar-se cada vez mais fechados, mais exclusivistas. Pode significar um recuo nas relações culturais porque a pauta que nos tem guiado é a da diversidade e não a da homogeneidade cultural e racial. O projecto europeu é isso - é de matriz multicultural", diz Maria de Fátima Amante, professora de Antropologia Política no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP). "O prognóstico é que o imprevisto está à espera de uma oportunidade", traça Adriano Moreira, ex-ministro do Ultramar e antigo líder do CDS, numa alusão a um eventual retrocesso no processo de integração europeu. Mas se o futuro ainda é por ora imprevisível, "as próximas eleições europeias vão permitir um primeiro julgamento", sublinha.
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