Euribor a seis meses, a mais usada nos créditos à habitação em Portugal, volta a subir
Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta terça-feira.
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Taxa Euribor desce a três e a 12 meses e sobe a seis meses
A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três e 12 meses e subiu a seis meses face a segunda-feira.
Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,029%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,106%) e a 12 meses (2,169%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 2,106%, mais 0,001 pontos do que na segunda-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,96% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,09% e 25,51%, respetivamente.
Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou, ao ser fixada em 2,169%, menos 0,015 pontos.
A Euribor a três meses também baixou, para 2,029%, menos 0,005 pontos do que na segunda-feira.
Esta semana realiza-se a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), nos dias 10 e 11, em Frankfurt, e os analistas esperam que a instituição mantenha as taxas diretoras.
Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o BCE manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
Em agosto, as médias mensais da Euribor subiram nos três prazos, e de forma mais acentuada a três meses.
A média da Euribor em agosto subiu 0,075 pontos para 2,021% a três meses e 0,029 pontos para 2,084% a seis meses.
Já a 12 meses, a média da Euribor avançou em agosto, designadamente 0,035 pontos para 2,114%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa negoceia sem rumo com crise política em França a pressionar. Anglo American dispara 9%
Os principais índices europeus negoceiam sem rumo definido esta manhã, depois de ainda terem conseguido registar ganhos na abertura. O sentimento dos investidores segue pressionado pela crise política que se volta a viver em França. Depois do chumbo de uma moção de confiança ditar a queda do Governo do país, o Presidente Emmanuel Macron terá agora de encontrar um novo primeiro-ministro – o quinto em apenas dois anos.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – mantém-se a esta hora inalterado nos 552,04 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX recua 0,43%, o espanhol IBEX 35 perde 0,10%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,46%, o francês CAC-40 cede 0,04%, o neerlandês AEX soma 0,01% e o britânico FTSE 100 ganha 0,19%.
À medida que se atravessa um período de incerteza política e económica em França, Macron terá a tarefa de nomear um primeiro-ministro capaz de desenhar um orçamento que seja aprovado numa Assembleia Nacional profundamente fragmentada. A contínua falta de consenso político no país está a pesar sobre o sentimento dos “traders”, elevando o prémio de risco da dívida soberana gaulesa.
Ainda assim, o facto de o chefe de Estado ter afastado um cenário de eleições legislativas antecipadas parece estar a dar algum fôlego aos mercados.
“Ninguém esperava um banho de sangue nos mercados hoje, está claro que o pior cenário de eleições antecipadas não está a acontecer, pelo menos neste momento”, disse à Bloomberg Vincent Juvyns, do ING.
A atenção dos investidores vira-se agora para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que se realizará no dia 11 de setembro. Enquanto a crescente expectativa de um corte das taxas diretoras nos Estados Unidos por parte da Fed tem vindo a alimentar ganhos para os mercados, por cá, não se espera que o BCE venha a mexer nos juros diretores.
Entre os movimentos do mercado, o conglomerado britânico Anglo American (+9,33%) concordou em unir-se à Teck Resources num dos maiores negócios do setor da mineração em mais de uma década. O acordo entre as empresas segue a impulsionar o setor dos recursos naturais, que já ganha mais de 1,40%.
Já o Banca Monte dei Paschi di Siena (+2,66%) garantiu uma participação maioritária na Mediobanca (+2,49%), consolidando uma aquisição de 16 mil milhões de euros.
Dólar em mínimos de sete semanas. Iene e libra ganham fôlego
O dólar prolonga as perdas esta terça-feira, pressionado pela perspetiva de cortes dos juros pela Reserva Federal após a revisão dos dados de emprego. A esta hora, o Dollar Index Spot recua 0,05%, para 97,40 pontos, o nível mais baixo desde 24 de julho.
“A situação do emprego está a deteriorar-se a um ritmo forte, o que se traduz num dólar mais fraco de forma gradual, mas que deverá acelerar”, afirmou Alex Hill, diretor-geral da Electus Financial, à Reuters. Os futuros da Fed já atribuem 11,6% de probabilidade a um corte de 50 pontos-base em setembro, face a 11% no dia anterior, com um corte de pelo menos 25 pontos-base considerado certo.
O euro cede 0,11% para 1,1750 dólares, condicionado pela crise política em França após a queda do governo, ainda que sustentado pelo enfraquecimento global da nota verde. Já o iene ganha terreno, com o dólar a descer 0,14% para 147,30 ienes, numa recuperação após a demissão do primeiro-ministro Shigeru Ishiba.
A libra esterlina segue em alta de 0,10% para 1,3559 dólares, enquanto o franco suíço perde ligeiramente contra o dólar, que sobe 0,08% para 0,7939 francos.
"Yield" da dívida soberana francesa a 10 anos fixa-se acima da italiana. Juros agravam em toda a linha
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro negoceiam esta manhã com agravamentos em toda a linha. A crise política que ontem se voltou a instalar no país após a queda do Governo de François Bayrou já colocou a “yield” da dívida soberana gaulesa com maturidade a dez anos acima da italiana.
A rendibilidade da dívida francesa segue a agravar em 0,5 pontos-base para 3,482%. Já os juros da dívida soberana italiana, com a mesma maturidade, crescem 0,2 pontos, para 3,471%.
Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, sobem 1,4 pontos para 2,654%.
Desta forma, o prémio de risco da dívida francesa face à alemã encontra-se acima dos 82 pontos-base.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 0,5 pontos-base, para 3,062%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 0,6 pontos, para 3,230%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e agravam-se em 2,6 pontos-base, para 4,630%.
Ouro renova máximos históricos com expectativa de cortes de juros pela Fed
O ouro voltou a alcançar um recorde esta terça-feira, apoiado pela queda do dólar e dos rendimentos da dívida norte-americana, com os investidores à espera dos cortes de juros pela Reserva Federal, que impulsionará a procura pelo metal amarelo.
A esta hora, o ouro avança 0,29% para 3.646,55 dólares por onça, enquanto a prata recua ligeiramente 0,02% para 41,90 dólares. Já a platina sobe 0,70% para 1.396,48 dólares.
O metal precioso atingiu antes o máximo de 3.659,10 dólares, impulsionado pela perceção de que a Fed deverá cortar juros já na reunião da próxima semana. “Provavelmente veremos mais valorização do ouro daqui em diante, desde que o banco central norte-americano corresponda às expectativas de múltiplos cortes”, afirmou Tim Waterer, analista-chefe da KCM Trade.
A Bloomberg destaca que o ouro já soma quase 40% de ganhos em 2025, sustentado por fortes compras de bancos centrais, procura como ativo de refúgio num contexto de tensões geopolíticas e pela especulação em torno de uma vaga de cortes de juros.
No curto prazo, os investidores aguardam os dados de inflação nos EUA desta semana, que poderão acelerar as ambições do metal de atingir os 3.700 dólares.
Petróleo sobe com corte modesto da OPEP+ e receios sobre oferta russa
Os preços do petróleo estão em alta esta terça-feira, apoiados por uma decisão da OPEP+ de aumentar a produção em outubro num ritmo inferior ao esperado e pelas crescentes preocupações com a oferta russa.
A esta hora, o Brent valoriza 0,77% para 66,53 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate avança 0,79% para 62,75 dólares.
A OPEP+ decidiu, no domingo, acrescentar apenas 137 mil barris por dia em outubro, um valor significativamente abaixo dos incrementos de 555 mil barris em setembro e agosto e 411 mil em julho e junho. “A medida marca a reversão de cortes que estavam previstos até ao final de 2026”, destacou Daniel Hynes, da área de estratégia de matérias-primas do ANZ, à Reuters.
A Bloomberg acrescenta que os investidores também acompanham a decisão da Saudi Aramco de reduzir os preços da maioria dos seus barris para a Ásia, o que é interpretado como um sinal de competição por quota de mercado. “A Arábia Saudita mudou claramente para uma batalha por participação de mercado, deixando o mercado com elevada certeza de um excesso de oferta”, avaliou Zhou Mi, analista da Chaos Ternary Futures.
Apesar da expectativa de sobreoferta até 2026, os preços têm sido sustentados por níveis baixos de inventários na Europa, compras da China e pelo risco de novas sanções ocidentais à Rússia após os últimos ataques aéreos em Kiev.
Ásia termina sessão com resultados mistos. Europa aponta para abertura em alta
As praças asiáticas terminaram a sessão desta terça-feira num registo misto, com o desempenho das empresas a variarem muito de índice para índice, o que contribuiu para não ter existido uma tendência nos mercados asiáticos.
O Hang Seng, de Hong Kong, acelerou 0,71%, muito à boleia da Alibaba Health Information, que saltou 8,63% na negociação. Aliás, o setor da saúde, o tecnológico e também o automóvel tiveram nesta terça-feira resultados positivos na bolsa. Já o Shanghai Composite caiu 0,57%. Quanto ao CSI 300 - "benchmark" para a negociação continental da China - caiu 0,80%.
Pelo Japão, o abrangente Topix caiu 0,47% e o Nikkei 225 cedeu 0,42%. O grupo Softbank, que gere um dos maiores fundos de investimento do mundo, terminou a ceder 4,35%. No caso do Nikkei 225, o índice até começou o dia em alta, passando a barreira dos 44 mil pontos, mas acabou por terminar a sessão em baixa.
Já o sul-coreano Kospi subiu 1,19% e o australiano S&P/ASX 200 encerrou a perder 0,63%.
Pela Europa, o índice Stoxx 50 aponta para uma abertura em alta nas praças europeias, depois das notícias de queda do Governo francês.
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