O olival superintensivo é o espelho estilhaçado do país
Há notícias fundadas e boatos, há agricultores que só correm atrás dos prejuízos e um Governo que tem uma ideia vaga do que é o interesse nacional – um bom caldo para fomentar dúvidas junto dos consumidores.
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Para evitar mal-entendidos num país que vê o mundo a preto e branco, registo desde já cinco ideias sobre os olivais superintensivos alentejanos: uma, prefiro o Alentejo agrícola dinâmico para quem lá vive a um deserto bucólico para os visitantes de fim de semana; duas, face às necessidades de alimentação no mundo, não existem sistemas de produção ambientalmente inócuos; três, conheço as análises laboratoriais a que os produtores estão sujeitos quando vendem os seus azeites (hoje não se brinca); quatro, conheço culturas agrícolas mais exigentes em matéria de água e de produtos fitossanitários, mas que não tiram o sono aos ambientalistas. E, quinto, não recebo de forma acéfala todas as notícias sobre as catástrofes ambientais provocadas pelos olivais superintensivos (o que jamais significa que as ignore).
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