Quatro anos depois, os números são demolidores e dolorosos: 200 mil mortos e 3,5 milhões de refugiados. Este é para já o resultado da guerra civil na Síria, no seu amontoado de mortes, destruição e miséria, que aniquilou por completo a vida económica e social daquele que foi em tempos uma das jóias da cultura do Médio Oriente. Os crimes de guerra não têm limites e ninguém parece poder declarar-se inocente face à barbárie instalada e à destruição sistemática de um país. Quando o ditatorial governo sírio de Bashar al-Assad reprimiu violentamente a rebelião de Homs em Fevereiro de 2012 abriram-se as portas para o inferno. Ainda empolgados pela Primavera Árabe, os governos do Ocidente pensaram que era possível "democratizar" a zona.