John Fante nasceu em 1909 em Denver, filho de imigrantes italianos numa família onde não faltava o tradicional peso da figura do pai, trabalhador da construção civil, com hábitos arreigados de jogo e bebida que levavam muitas vezes a família a passar dificuldades financeiras, e até a alguma pobreza. Esta italianidade patriarcal em solo americano, carregada ainda por uma presença muito forte da Igreja Católica (sobretudo na mentalidade autoculpabilizadora), é precisamente o ambiente do seu primeiro romance, lançado em 1938, e que agora é reeditado pela Alfaguara (que vem, aliás, lançando nos últimos anos a obra de Fante).