Há duas semanas falei aqui de um clássico livro de memórias "íntimas" escrito por uma mulher, "Vínculos Ferozes", de Vivian Gornick, lançado em 1987 e agora em versão portuguesa. Coloco "íntimas" entre aspas porque os discursos sobre o corpo e o sexo escritos por mulheres inserem-se quase sempre na lógica da condição feminista, no sentido em que são as mulheres que falam pela sua voz. Quando tal sucede, tem sido sempre um acontecimento literário.