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Papandreou vence moção de confiança

O primeiro-ministro helénico conseguiu a confiança do Parlamento.

04 de Novembro de 2011 às 22:58

Era quase 1h da manhã na Grécia (23h em Lisboa) quando foi anunciado o que se esperava, uma vez que um chumbo levaria a eleições antecipadas - o que precipitaria o país na via da falência, uma vez que a sexta tranche do primeiro pacote de resgate, no valor de oito mil milhões de euros, está congelada perante a possibilidade de o segundo programa de apoio financeiro não avançar. Além disso, a já acesa crise da dívida soberana na Zona Euro ficaria ainda mais inflamada.

Para vencer a moção, o governo precisava do apoio da maioria absoluta dos 300 deputados do Parlamento. Os socialistas do Pasok, partido no poder, têm 152 deputados, mas alguns tinham ameaçado votar contra Papandreou. No entanto, segundo a Reuters, todos os parlamentares socialistas deram o seu voto de confiança. Além destes 152, Papandreou conseguiu mais um voto.

A rejeição dessa ajuda financeira e uma subsequente saída do euro implicaria também o abandono da União Europeia, nos termos do Tratado de Lisboa.

No discurso que antecedeu esta votação, Papandreou apelou a um novo governo de coligação para aprovar o resgate no valor de 130 mil milhões de euros e disse que amanhã iria reunir-se com o presidente grego, Karolos Papouloas, para falar sobre a sua decisão de iniciar conversações com os partidos da oposição no sentido de criar o governo de unidade nacional. “Peço um voto de confiança esta noite, de modo a poder assegurar o rumo deste país. Já comuniquei ao presidente da república que tenciono avançar com consultas para um governo de coligação”, afirmou.

Segundo a Reuters, Papandreou terá chegado a acordo para sair e para o governo de coligação ser liderado pelo actual ministro das Finanças, Evangelos Venizelos.

Recorde-se que, na semana passada, os líderes da Zona Euro acordaram propor aos privados um perdão da dívida grega na ordem dos 50%, a juntar ao segundo pacote de resgate já aprovado na cimeira de 21 de Julho e que ascende a 100 mil milhões de euros (130 mil milhões com o dinheiro proveniente do ‘haircut’ do sector privado com exposição à dívida soberana helénica).

Papandreou disse posteriormente que queria pretendia avançar com um referendo a este segundo pacote de ajuda financeira à Grécia, mas o projecto foi entretanto retirado devido à forte agitação política que gerou, tendo Papandreou apresentado na segunda-feira uma moção de confiança ao Parlamento, agora votada favoravelmente.

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