Governo gasta 200 mil euros por mês com dois hospitais desactivados

O Ministério da Saúde está a sustentar dois hospitais que estão desactivados desde Fevereiro, avançou hoje a "Rádio Renascença".
Marlene Carriço 19 de Outubro de 2010 às 20:22

O Ministério de Ana Jorge está a gastar 200 mil euros por mês com remunerações e a manutenção de dois hospitais que estão fechados há oito meses, no concelho de Cascais.

Em comunicado, o Ministério da Saúde explica que é esse o motivo, porque, no Orçamento do Estado para 2011, se extingue o Hospital Conde Castro Guimarães, situado no centro de Cascais, mas nada diz sobre a outra instituição que forma o Centro Hospitalar de Cascais: o Hospital Ortopédico de Carcavelos.

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Ao Negócios, o Ministério da Saúde explicou que "apesar da transferência de toda a actividade assistencial para o novo edifício hospitalar já se encontrar concluída desde Fevereiro de 2010, e do Hospital Castro Guimarães (Cascais) não realizar actividade assistencial, existe toda a actividade de encerramento de contas, gestão de recursos humanos e de património que obriga, por algum tempo, à manutenção da estrutura, tanto de direito como de facto".

Hoje ao "DN", o presidente da Câmara de Cascais já tinha dito que a extinção do hospital Conde Castro Guimarães, que consta no Orçamento do Estado para 2011, "deve ser um lapso". "Qualquer dos dois edifícios estão vazios. Todo o profissional foi absorvido pelo novo hospital de Cascais e não tem ninguém lá a trabalhar. Aliás, todo o equipamento que lá estava foi doado para a Guiné e para instituições nacionais de solidariedade social, como a Cruz Vermelha e Misericórdia", garantiu.

A proposta do Orçamento prevê ainda a fusão de uma dezena de hospitais, criando grandes centros hospitalares como será o caso de Coimbra. Ao Negócios, o presidente da Associação de Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, já tinha dito que esta fusão "pode ser positiva" mas frisou que "carece de estudo".

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