Sem intervenção da Fed, salários nos EUA teriam caído mais de 15% na pandemia
Sem a intervenção da Reserva Federal dos Estados Unidos, a pandemia da covid-19 teria provocado uma queda de mais de 15% nos salários reais dos trabalhadores. A conclusão é de um estudo externo divulgado esta segunda-feira pelo Banco Central Europeu (BCE), que mostra que o impacto da pandemia só não foi maior devido à combinação de medidas de política monetária e orçamental.
"Se a Reserva Federal não interviesse, a produção teria caído mais de 10% no impacto e no trimestre seguinte. Os salários reais cairiam mais de 15% do que o atual e o desemprego aumentaria mais de 20%", lê-se no paper sobre a complementaridade entre as políticas monetária e orçamental na pandemia da covid-19. O estudo assinado por Jagjit S. Chadha, Luisa Corrado, Jack Meaning e Tobias Schuler é divulgado pelo BCE, mas não vincula o banco central. As conclusões apontam para
PUB
O plano da Fed contribuiu ainda, segundo o estudo, para "reduzir os custos de empréstimos" e ampliar o impacto das políticas orçamentais pensadas para revitalizar a economia norte-americana no pós-pandemia. "Concluímos que a combinação de intervenções orçamentais e monetárias mitigaram o impacto dos choques pandémicos e ajudaram a estabelecer uma abordagem mais rápida até à recuperação para níveis de atividade pré-crise", pode ler-se no paper. Acrescenta que o emprego e os salários reais estão "em grande medida estabilizados" e antecipa que isso vai permitir que a inflação se mantenha estável nos 1,5% "no primeiro ano após o choque" provocado pela covid-19. Tanto o BCE como a Fed têm estado a acompanhar de perto a evolução da inflação para ajustarem os estímulos e evitar um sobreaquecimento económico. Do lado dos EUA, Powell já admitiu que "pode ser apropriado começar a reduzir a velocidade da compra de ativos ainda este ano", enquanto, do lado da Zona Euro, Christine Lagarde anunciou que a b
"Concluímos que a combinação de intervenções orçamentais e monetárias mitigaram o impacto dos choques pandémicos e ajudaram a estabelecer uma abordagem mais rápida até à recuperação para níveis de atividade pré-crise", pode ler-se no paper.
Acrescenta que o emprego e os salários reais estão "em grande medida estabilizados" e antecipa que isso vai permitir que a inflação se mantenha estável nos 1,5% "no primeiro ano após o choque" provocado pela covid-19.
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais Banco Central Europeu Fed EUA Reserva Federal dos Estados Unidos BCE Jerome PowellMais lidas
O Negócios recomenda