Ucrânia solicita resgate financeiro ao FMI
A Ucrânia solicitou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) um resgate financeiro que substitua a linha de crédito cautelar acordada com a instituição no ano passado. A informação foi avançada esta quarta-feira, 21 de Janeiro, pela directora-geral do FMI, Christine Lagarde, no Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça.
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"O presidente Poroshenko informou-me hoje que as autoridades ucranianas solicitaram um acordo plurianual com o Fundo Monetário Internacional, apoiado pelo Mecanismo Alargado de Financiamento, para substituir a linha de crédito cautelar", informou Christine Lagarde. "O novo acordo estimularia medidas de estabilização macroeconómica imediatas, bem como reformas económicas amplas e profundas ao longo de vários anos para garantir a estabilidade económica e financeira e restaurar o crescimento sustentável".
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Em Março do ano passado, a Ucrânia chegou a acordo com o FMI para receber um empréstimo entre 14 mil milhões e 18 mil milhões de dólares, para evitar a entrada em incumprimento e limitar os danos económicos gerados pela profunda crise política.
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O empréstimo de dois anos – o terceiro pacote de ajuda à Ucrânia desde 2008 - tinha como contrapartida a redução do défice, um conjunto de reformas estruturais e uma maior flexibilidade na moeda nacional.
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Contudo, estas linhas cautelares têm uma duração média de 12 a 24 meses, e máxima de três anos. O que o país solicita agora é um programa mais alargado no tempo, de valor superior, segundo a Reuters, e sujeito a mais condições.
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"Vou apresentá-lo (o pedido) ao conselho, que irá reunir o mais rapidamente possível, e vou propor que o apoiem", afirmou Christine Lagarde, em declarações aos jornalistas, citada pela Reuters.
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No final do ano passado, o banco central da Ucrânia informou que as suas reservas internacionais caíram para menos de 10 mil milhões de dólares pela primeira vez em dez anos, pressionadas pela forte desvalorização da moeda local e pelo custo do fornecimento do gás da Rússia.
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