Exportações portuguesas de bens caem 11,3% em julho. Importações crescem
As exportações portuguesas de bens caíram, em termos homólogos, 11,3% em julho, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em sentido contrário, as importações de bens registaram uma subida homóloga de 2,8%, o que terá penalizado a balança comercial de bens portuguesa.
Com as exportações a caírem e as importações a crescerem, o défice da balança comercial de bens agravou-se em 1.173 milhões de euros face a igual período do ano passado. Está agora nos 3.293 milhões de euros.
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Do lado das exportações, destacou-se o decréscimo das vendas de fornecimentos industriais (-29,3%) em julho, maioritariamente produtos químicos exportados para a Alemanha e para os Estados Unidos. Por outro lado, aumentaram as exportações de material de transporte (+17,8%), "maioritariamente veículos e outro material de transporte", o que impediu "uma descida mais acentuada das exportações totais".
Analisando por país, observou-se um decréscimo das exportações para a Alemanha (-46,4%) e para os Estados Unidos (-37,1%).
No que toca às importações, destacaram-se os aumentos das compras ao exterior de fornecimentos industriais (+8,1%), "maioritariamente produtos químicos importados da Irlanda". Em sentido contrário, verificou-se um decréscimo nas importações de combustíveis e lubrificantes (-29,4%), "maioritariamente óleos brutos de petróleo, o que reflete descidas de preços (-13,3%) e também em volume (-18,5%)".
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Sem contar com os combustíveis e lubrificantes, o decréscimo das exportações foi ligeiramente menor (-10,2%), devido a "uma diminuição menos expressiva nas transações desta categoria de produtos". No caso das importações, o aumento foi de 7,2% em julho, excluindo os combustíveis e lubrificantes. O défice da balança comercial de bens expurgado do efeito dos combustíveis totalizou 2.835 milhões de euros, mais 1.387 milhões do que em igual período de 2024.
Excluindo as transações sem transferência de propriedade (TTE) – ou seja, produtos que entram em Portugal para serem transformados ou processados em território português e depois regressam ao país de origem –, observaram-se "ligeiras subidas" nas exportações e nas importações. Excluindo essas encomendas, as exportações aumentaram 0,3% face a igual período do ano passado. Já as importações cresceram 0,2%, em termos homólogos.
Em junho, os índices de preço das exportações e das importações, por unidade, continuaram a registar variações homólogas negativas, penalizando sobretudo as importações. No caso das exportações, os preços por unidade diminuíram 1,8%, enquanto que, nas importações, os preços caíram 2,9%. No mês anterior, a queda tinha sido de 1,5% para as exportações e de 2,1% para as importações.
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(notícia atualizada às 11:39)
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