Reino Unido abranda crescimento à porta das eleições

A economia britânica cresceu no primeiro trimestre ao ritmo mais moderado desde 2012. Os números surpreenderam os economistas que previam um crescimento maior.
Bloomberg
Sara Antunes 28 de Abril de 2015 às 10:09

O produto interno bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,3% no primeiro trimestre, o que corresponde a um abrandamento económico. No último trimestre de 2014 a economia britânica tinha crescido 0,6%.

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Este ritmo de crescimento é o mais moderado desde o quarto trimestre de 2012 e ficou aquém das estimativas dos economistas consultados pela Reuters e pela Bloomberg, que apontavam para um crescimento de 0,5%.

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Ou seja, os economistas já previam que a economia abrandasse nos primeiros três meses do ano, mas não tanto como acabou por acontecer.

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De acordo com o Markit Economics, a contribuir para este abrandamento estiveram os serviços, que cresceram 0,5%, quando no último trimestre do ano tinham crescido 0,9%, e a produção industrial, que caiu 0,1%, tendo crescido 0,2% nos últimos três meses do ano. Já o sector da construção continuou em queda (-1,6%), mas a um ritmo menos acentuado (-2,2%) do que o verificado no último trimestre do ano.

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Este indicador, referente ao primeiro trimestre do ano, surge a pouco mais de uma semana das eleições legislativas no Reino Unido e promete fazer tremer o partido de David Cameron, actual primeiro-ministro.

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As sondagens que têm sido divulgadas têm revelado indecisão entre os eleitores britânicos, com os trabalhistas, liderados por Ed Miliband, e os conservadores, encabeçados por David Cameron, muito próximos nas intenções de voto. As sondagens apontam para que nenhum dos partidos consiga obter uma maioria absoluta.

 

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Os britânicos vão assim às urnas a 7 de Maio, sendo este o segundo acto eleitoral com um peso significativo para a União Europeia (UE) este ano, numa altura em que o referendo sobre a manutenção do país na região é um dos temas que mais polémica tem gerado. Um estudo de dois institutos alemães, garante que o Reino Unido perderia até 300 mil milhões de euros até 2030 se o país saísse da UE. O PIB britânico sofreria uma contracção de 14%, segundo as mesmas fontes.

 

O primeiro acto eleitoral deste ano com relevo para a União Europeia foi o da Grécia, com o partido liderado por Alexis Tsipras (Syriza) a vencer as eleições. Desde então, Atenas e Bruxelas estão em negociações para findarem uma lista de reformas que a Grécia terá de implementar de forma a assegurar a libertação da última tranche do resgate concedido em 2012 e que perfaz 7,2 mil milhões de euros.

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