Consumidores da Zona Euro voltam a ficar mais pessimistas em agosto
Em agosto, o índice de confiança das famílias da Zona Euro e da União Europeia voltou a derrapar, depois do ganho momentâneo de julho.

Os consumidores da Zona Euro e da União Europeia ficaram mais pessimistas em agosto, com uma queda de 0,8 e 0,3 pontos, respetivamente, face ao mês de julho quando se tinha verificado uma ligeira melhoria.
De acordo com a estimativa rápida da Direção-Geral de Economia e Finanças da Comissão Europeia (DG ECFIN), o índice de confiança das famílias caiu para -15,5 nos países da moeda única e para -14,8 pontos no conjunto da União Europeia. Uma vez que se trata de uma projeção inicial, os dados ainda não permitem uma leitura mais detalhada sobre os contributos para esta queda. De resto, faz notar a DG ECFIN, com estes valores, a “confiança dos consumidores continua a situar-se muito abaixo da sua média de longo prazo.”
O índice de confiança dos consumidores mede o grau de otimismo ou pessimismo dos consumidores em relação à situação económica futura, tanto das suas famílias como do país. Este indicador é obtido através de inquéritos mensais realizados junto de consumidores, em que se responde a perguntas sobre a situação financeira do agregado familiar nos últimos 12 meses e expectativas para os próximos 12 meses; as expectativas quanto à situação económica do país nos próximos 12 meses; e a intenção de realizar compras importantes nos próximos 12 meses.
O resultado do índice reflete uma avaliação global sobre a confiança dos consumidores, sendo considerado um importante indicador antecipado da evolução do consumo privado. Níveis elevados de confiança tendem a indicar que os consumidores estão mais propensos a gastar, enquanto níveis baixos sugerem maior cautela, poupança ou adiamento de despesas importantes.
Os resultados agora conhecidos contrastam com indicadores publicados sobre a atividade económica. Os PMI calculados pela S&P apontam para um pequeno aumento do indicador de compras dos gestores da Zona Euro para agosto. Depois da queda da produção industrial em julho caiu em junho, mas o PMI sugere que a situação está a melhorar para o setor industrial. O PMI da produção industrial saltou de 50,6 para 52,3, o valor mais alto em mais de três anos.
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