Governo diz que crescimento de 2% "é possível" após dados do PIB
Ministério das Finanças destaca o facto de o crescimento de 0,8% em cadeia ser o maior registado entre os países da Zona Euro e dá novos argumentos a Miranda Sarmento na defesa da meta para o conjunto do ano.
- 3
- ...
O ministro das Finanças tem novos argumentos para defender a meta de 2% para o crescimento do produto interno bruto (PIB) inscrita no Orçamento do Estado (OE) para 2026. A economia registou, no terceiro trimestre deste ano, um crescimento em cadeia de 0,8%, superando a expectativa dos analistas.
No OE 2026, a equipa de Joaquim Miranda Sarmento projeta um crescimento real do PIB de 2% para este ano e 2,3% para o próximo. Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma aceleração em cadeia de 0,8% nos meses de verão, justificando este avanço com a procura interna. As Finanças destacam o facto de este resultado "representar o maior crescimento em cadeia desde o início de 2023, se excluirmos o último trimestre de 2024."
"Este desempenho reforça a confiança que existe relativamente à economia nacional e a convicção do Governo de que é possível atingir um crescimento de 2% este ano, como consta da previsão incluída na proposta de Orçamento do Estado para 2026", refere o Ministério das Finanças, em comunicado.
Das previsões conhecidas até agora pelas instituições que acompanham a economia portuguesa, as do Governo são as mais otimistas, ficando ligeiramente acima das do FMI, Banco de Portugal, Conselho das Finanças Públicas e OCDE, com todos a apontarem para uma variação do PIB de 1,9%.
O gabinete do ministro das Finanças destaca ainda o facto de o crescimento da economia portuguesa no 3.º trimestre ter sido o maior registado entre os países da Zona Euro que divulgaram estimativas rápidas. Face ao conjunto da União Europeia, ficou apenas atrás da Suécia (1,1%).
Mais lidas