Final do ano interrompe recuperação da economia portuguesa
Os dados do INE revelam que houve "uma interrupção da recuperação aumentou parcial da atividade económica" em novembro e dezembro. Ainda assim, os indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico aumentaram em dezembro face a novembro.
Os sinais são visíveis nas operações que foram feitas em multibancos portugueses. "O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede multibanco registou, em termos homólogos, reduções de 11,8% e 7,8% em novembro e dezembro, respetivamente."
As vendas de veículos automóveis também tiveram um mau desempenho nos dois meses, com a queda a ser mais acentuada nos automóveis ligeiros de passageiros (-27,9% e -19,6%, em termos homólogos, em novembro e dezembro respetivamente).
A quebra da economia no final do ano permitiu que 2020 fechasse com uma inflação nula. "O índice de preços do consumidor (IPC) registou uma variação média anual nula (0,3% em 2019)".
Mas o INE salienta que nem tudo foi mau. Em dezembro, veirficou-se uma melhoria nos indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico face ao mês anterior. A confiança em torno da indústria transformadora e da construção também aumentou, bem como em relação ao comércio. "A exceção ocorreu nos serviços em que o indicador diminuiu".
A quebra no indicador dos serviços estará provavelmente relacionada com a crise no turismo. Para já, não há dados sobre o desempenho do setor em dezembro, mas o INE adianta que a "contração da atividade turística", em novembro, "acentuou-se, tendo o número de hóspedes e de dormidas registado taxas de -76,8% e -76,9%, respetivamente", em termos homólogos.
"Em novembro, 46,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes", esclarece o boletim do INE, concluindo que, "no quarto trimestre, novembro terá sido o mês mais negativo para a atividade económica".
Zona Euro
Nota ainda para o indicador de confiança dos consumidores da zona euro, que "recuperou significativamente em dezembro, após ter diminuído nos dois meses anteriores".
(Notícia atualizada às 11h42)
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