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INE: Pandemia fez PIB cair 2,3% no primeiro trimestre, abaixo do esperado

No primeiro trimestre, o PIB português caiu 2,3% em termos homólogos e 3,8% face aos últimos três meses de 2019. Dados divulgados agora pelo INE mostram que queda foi ligeiramente inferior.

Exportações, contentores
Exportações, contentores Paulo Duarte
29 de Maio de 2020 às 11:08

A economia portuguesa caiu 2,3% no primeiro trimestre em termos homólogos e 3,8% face os três meses anteriores em consequência da covid-19, ligeiramente menos do que o estimado inicialmente, divulgou o INE nesta sexta-feira, 29 de maio.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou nesta sexta-feira a segunda estimativa sobre a evolução da economia no primeiro trimestre deste ano, que só contou com um mês - março - de efeito da pandemia de covid-19.

Agora, o INE estima que pandemia se tenha manifestado "de forma significativa" na atividade económica em março, levando a uma contração da economia de 2,3% face ao mesmo trimestre do ano passado e de 3,8% face aos últimos três meses de 2019. 

Na estimativa rápida, divulgada há duas semanas, o INE apontava para uma contração ligeiramente superior, em 0,1 pontos percentuais, tanto em termos homólogos, como em cadeia. 

No trimestre anterior à pandemia, o PIB tinha crescido 2,2% em termos homólogos e de 0,7% em cadeia.

O INE explica esta melhoria da informação com a incorporação de informação nova, que levou a uma revisão em alta das exportações líquidas de importações de bens e serviços em volume.

Exportações encolhem 4,9% em termos homólogos

No primeiro trimestre e em termos homólogos, as duas grandes componentes do PIB recuaram, mas a queda foi maior na procura externa líquida de importações, que penalizou o PIB em 1,3 pontos percentuais. A queda foi maior na exportações, que encolheram 4,9%, enquanto as importações recuaram 2% em termos homólogos. 

Também o contributo da procura interna para o PIB foi negativo, o que não acontecia desde 2013, penalizando o PIB em 1,1 pontos percentuais. O investimento caiu 2,5% e o consumo privado recuou 1%. 

No trimestre precedente a procura interna e a procura externa líquida contribuíam positivamente para o PIB com 1,1 pontos percentuais cada. Importações, exportações, consumo privado e investimento cresciam entre os 1,9% e os 6,5% em termos homólogos.

Por outro lado, segundo o INE, o consumo das Administrações Públicas cresceu 0,5%, abaixo da subida de 1,5% verificada no trimestre anterior, "traduzindo em certa medida o impacto negativo na produção não mercantil em volume das medidas adotadas para reduzir a propagação do COVID-19, apesar do aumento em termos nominais da despesa pública".

Já comparando com os últimos três meses de 2019, o PIB diminuiu 3,8%, com um maior contributo negativo da procura interna (2 pontos percentuais) do que da externa líquida (1,8 pontos percentuais).

(Notícia atualizada às 11:48 com mais informação)

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