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Inflação na Zona Euro abranda três décimas para 1,9% em maio

Estimativa rápida revela que a variação homóloga do IHPC retomou uma trajetória de desaceleração na Zona Euro, após ter estabilizado nos 2,2%. Preço dos serviços tem maior abrandamento desde o início do atual ciclo inflacionista. Variação homóloga do IHPC dos alimentos supera o dos serviços.

Variação homóloga do IHPC dos alimentos terá superado a dos serviços em maio.
Variação homóloga do IHPC dos alimentos terá superado a dos serviços em maio. DR
03 de Junho de 2025 às 10:11

A taxa de inflação na Zona Euro terá desacelerado para 1,9% em maio, segundo a  do Eurostat divulgada esta terça-feira. A variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) abrandou três décimas, depois de ter estabilizado nos 2,2% no mês anterior, com o preço dos alimentos a subir a um ritmo mais rápido do que o dos serviços pela primeira vez em mais de um ano.

A estimativa rápida indica que a componente do IHPC que junta alimentação, álcool e tabaco terá registado uma variação homóloga de 3,3%, mais três décimas do que em abril. Esta variação foi superior em uma décima à registada pelo IHPC dos . Em maio, a variação homóloga do IHPC dos serviços terá sido de 3,2%, um valor que compara com 4% no mês anterior. É a maior descida desde o início do atual ciclo inflacionista.

Por outro lado, tanto o índice de preços relativo à energia como aos bens industriais não-energéticos terão estabilizado em maio. A variação homóloga do IHPC da energia foi de -3,6%, um valor idêntico ao do mês anterior, enquanto a variação homóloga do IHPC dos bens industriais não-energéticos ter-se-á mantido nos 0,6% em maio.

inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a grandes variações de preços (alimentos e energia), terá abrandado, de forma significativa, de 2,7% para 2,3% em maio. O Banco Central Europeu (BCE) acompanha de perto a evolução deste indicador para definir o rumo a dar à política monetária, já que este permite perceber até que ponto é que a inflação se espalhou na economia, nomeadamente na educação e saúde que têm preços habitualmente mais estáveis.

Esta semana, o BCE volta a reunir para decidir um eventual novo corte de juros. A presidente do BCE, Christine Lagarde, referiu, na reunião de abril, que o "processo desinflacionista" está "bem encaminhado" para a meta dos 2%, mas há algumas preocupações em relação ao impacto que as tarifas norte-americanas podem ter na economia europeia. Na última reunião, a em linha com o esperado pelos analistas.

Portugal abaixo da média

Dos 20 países da Zona Euro, a variação homóloga do IHPC terá acelerado em seis (Grécia, Luxemburgo, Finlândia, Croácia, Eslováquia e Estónia), ter-se-á mantido estável num (Malta nos 2,6%) e abrandou nos restantes 13 países. Em Portugal, o IHPC terá desacelerado 2,1% para 1,7% em maio, um valor baixo da média da Zona Euro e o quarto mais baixo do euro.

As taxas de inflação mais baixas foram observadas em Chipre (0,4%), França (0,6%) e Luxemburgo (1,4%). Em sentido oposto, as taxas mais elevadas foram observadas na Estónia (4,6%), Eslováquia e Croácia (ambos com uma taxa de 4,3%).

(notícia atualizada às 10:43)

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