Rui Moreira defende criação de fundo soberano: “Novo confinamento vai levar à inglória de imensas empresas”
"Um novo confinamento vai levar à inglória de imensas empresas", alertou o presidente da Câmara do Porto, manifestando-se "extremamente preocupado com o que vai acontecer" em toda a cadeia de valor.
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Num webinar promovido pelo IGAP - Instituto de Gestão e Administração Pública, em que refletiu sobre os impactos de um novo confinamento no tecido económico, Rui Moreira disse acreditar que "a maior parte da atividade turística nacional ‘até vai conseguir passar entre os pingos da chuva’, menos a oferta turística dos paquetes, porque ‘não há quem queira ficar muito tempo confinado num barco ou navio’, explicou o autarca.
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Numa publicação na sua página oficial, a Câmara do Porto dá conta que Moreira considerou, no referido webinar, que "o setor terciário vai perder a preponderância e vai assistir-se à secundarização das atividades, que é hoje compatível, porque o setor também evoluiu e se modernizou", afirmou.
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"Por reconhecer nesta área da economia uma alavanca ao desenvolvimento do país, o presidente da Câmara do Porto propôs que se criasse uma espécie de ‘fundo soberano’, em que ‘o Estado entraria nessas empresas com uma cláusula de saída’, quando a valorização e o estímulo ao emprego estivessem cumpridos", lê-se na referida publicação.
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"Já tive conversas com o primeiro-ministro e com o ministro da Economia sobre esta matéria. Faz-me muita impressão que não se olhe para estas médias empresas, que estavam de boa saúde e são a base da nossa economia", justificou o autarca, que voltou a questionar os grandes investimentos, como a Estratégia Nacional para o Hidrogénio ou a excessiva a atenção dada a empresas como a Autoeuropa, para concluir que o país ainda não abandonou "o complexo de Mafra", remata a autarquia.
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Ainda no webinar "Cidade e território na e pós pandemia – visão e opinião / políticas e Leis", o autarca apontou para a falta de "um plano de vacinação", e que era preciso o Governo "mobilizar todos os recursos disponíveis para vacinar a população" no menor curto espaço de tempo, "seguindo um modelo semelhante ao de Israel, país que tem recrutado o apoio de vários setores da sociedade, inclusive os militares", enfatiza o município.
E, em simultâneo, afirmou que é preciso continuar a "testar, testar, testar", como "fez o município do Porto logo em março, altura em que montou um modelo pioneiro de testagem nos lares", conclui a autarquia.
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